Devido a sua topografia extremamente acidentada, os animais da fazenda Morro da Mandioca precisam ser rústicos, pois a necessidade em subir e descer montanhas é permanente.
Desta forma, apesar de ter-se tentado, em algumas ocasiões, a utilização de animais de raças puras européias, verificou-se a incapacidade destes em suportar a situação vigente na propriedade.
Assim, chegamos à conclusão de que, para a pecuária leiteira, o ideal para nossos padrões, que se assemelham à maioria das propriedades brasileiras, é a raça girolando, por apresentar animais resistentes e produtivos, que funcionam muito bem a pasto, embora quando exigidos respondam com produtividade a manejo mais intensivo.
Como a área da propriedade é limitada, pois temos apenas 32 alqueires, procuramos sempre trabalhar com animais de qualidade e com rusticidade, para compensar o número limitado de cabeças.
As pastagens da fazenda são basicamente de brachiarão (BRACHIARIA BRIZANTA).
Como os preços do leite são instáveis e quase sempre baixos, tratamos as vacas de acordo com o momento.
No período de chuvas, que vai de novembro a abril, os animais ficam sempre nos pastos, dando-se apenas um "cheirinho" de concentrado no momento da ordenha.
De maio a outubro, as vacas em lactação e suas crias recebem um pouco de silagem de capim e/ou milho divididos em dois tratos, pela manhã e à tarde, no momento da ordenha. Cada vaca come cerca de quinze kg de silagem ao dia e concentrado na proporção de um quilo para cada cinco litros de leite produzidos e no restante do período permanecem nos pastos. Procuramos tratar melhor das vacas até elas apresentarem cio e serem inseminadas ou cobertas, pois mais importante do que a produção leiteira é a reprodução.
O gado solteiro (novilhas e vacas secas) recebe suplementação apenas nos meses de agosto, setembro e outubro, algo em torno de dez kg de silagem de capim e milho por cabeça.
Apenas os animais que irão às exposições recebem um tratamento melhor, ficando presos durante o dia com silagem à vontade, mas ainda assim indo para o pasto à noite.
ORDENHA
Utilizamos a ordenha mecânica com balde ao pé para a maioria das matrizes e a ordenha manual para algumas poucas vacas, até para que em caso de necessidade, como falta de eletricidade ou defeito na ordenha mecânica, tanto os animais quanto os funcionários estejam habituados à técnica tradicional.
A ordenha é feita na maioria das matrizes com bezerro ao pé. Achamos isto mais natural, além de auxiliar na prevenção da mastite, doença que praticamente inexiste em nosso rebanho. Apesar de propagandas contrárias, nada é melhor para um bezerro do que o leite da vaca, assim como nada supera o leite materno no desenvolvimento de uma criança. O uso excessivo de concentrado onera em muito a criação de bovinos e ao deixá-los mamar com fartura não sentimos o custo, já que, infelizmente, o leite foi, é e sempre será barato.
CONCLUSÃO
Dentro do exposto, estamos conseguindo animais produtivos e rústicos com crias saudáveis e de bom desenvolvimento.
Lote de matrizes 5/8 - BMB BANCO DE IMAGENS
As vacas 5/8 e ¾ tem produzido em torno de 5000 a 7000 kg de leite por lactação, em um regime extensivo nas águas e semi-extensivo no período da seca.
Participamos do controle leiteiro oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.
As matrizes ¼ produzem entre 3000 a 4500 kg de leite por lactação, valor significativo para o manejo adotado e para o grau de sangue. Já tivemos lactação de fêmea 1/4 acima de 6900 kg de leite.
Bela Vista ¼ - 4000 Kg de leite em regime extensivo.
Tem sido freqüente e nos dado grande satisfação o retorno de compradores de fêmeas que relatam conseguir em um manejo mais intensivo aumento significativo da produção que o animal apresentava em nossa propriedade.
WebDesign - Professor Wellington
0XX-31-9981-8981